Quadrilhas africanas no Brasil usam correio para 'exportar' drogas
Atualizado em 29 de março,
2013 - 05:46 (Brasília) 08:46 GMT

Traficantes escondem drogas em todos os tipos de produtos
mandados pelo correio, até brinquedos
Quadrilhas africanas que operam no Brasil estão enviando drogas
de forma sistemática para a Espanha, a China e o Reino Unido por meio de
serviços postais. A Polícia Federal faz cerca de 50 apreensões por mês dessas
remessas. A maioria é de cocaína.
Para tentar enganar a polícia e a Receita Federal, os traficantes usam
esconderijos inusitados para esconder a droga.Segundo o delegado Ivo Roberto Costa da Silva, da Polícia Federal, os grupos criminosos são formados majoritariamente por nigerianos. "Eles não chegam a formar uma facção ou uma máfia, mas às vezes se associam para traficar", afirmou o policial.
Os destinos preferidos para as remessas são Espanha e, em menor escala, China e Grã-Bretanha. Segundo Silva, as quadrilhas de africanos também têm ramificações nesses países. Seus membros se encarregam de receber os entorpecentes.
O crescimento do narcotráfico para a China, especificamente, tem chamando a atenção das autoridades. O país pulou do quinto lugar no ranking em 2009 para segundo em 2012. Uma hipótese investigada é que o crescimento econômico chinês tenha estimulado também o tráfico de drogas.
De acordo com o policial, alguns motivos explicam o porquê de quadrilhas africanas terem se instalado no Brasil. Um deles é a grande fronteira com países onde há produção de cocaína (Colômbia, Bolívia e Peru). Outro fator de estímulo seria o Brasil possuir grande número de voos de passageiros e de carga para a Europa.
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