segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Contador do grupo de Cachoeira se entrega à PF e tenta habeas corpus

14/01/2013 14h53 - Atualizado em 14/01/2013 15h05

Geovani Pereira estava foragido desde fevereiro do ano passado.
Advogado pede extensão de benefício dado a outros réus da Monte Carlo.

Do G1 GO
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Geovani Pereira, suposto contador de Carlinhos Cachoeira, se apresentou à polícia nesta manhã, em Anápolis, Goiás (Foto: Reprodução/Facebook)Geovani Pereira é apontado pela PF como contador
de Cachoeira (Foto: Reprodução/Facebook)
Após quase um ano foragido, Geovani Pereira da Silva, que trabalhava para o contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, se entregou espontaneamente na manhã desta segunda-feira (14) à Polícia Federal em Anápolis. Ele é apontado pelas investigações da Operação Monte Carlo como o contador do grupo que comandava a exploração dos jogos ilegais em Goiás.
O advogado Calisto Abdala Neto, disse ao G1 que Geovani chegou à delegacia por volta das 9h40. Com prisão decretada desde o fim de fevereiro do ano passado e com uma condenação na Justiça Federal, ele tenta, segundo o defensor, um habeas corpus para ter o direito de responder em liberdade.
O recurso, protocolado em 14 de dezembro de 2012, pede extensão de benefício que foi dada aos outros réus do processo. O pedido prevê que o contador apele da sentença em liberdade definitiva.

"Ele tem filhos pequenos e famílias e precisa voltar ao convívio dessas pessoas". Segundo ele, Geovani permaneceu em Goiás todo o tempo em que esteve foragido.
Geovani foi condenado por corrupção e formação de quadrilha a 13 anos e 4 meses de prisão. O juiz Alderico Rocha Santos, da 5ª Vara Federal de Goiás, proferiu a sentença em dezembro do ano passado.

Congresso terá 20 medidas provisórias para votar após recesso

13/01/2013 08h54 - Atualizado em 13/01/2013 08h54

Entre essas MPs, está a que destina 100% dos royalties para a educação.
Das 20, quatro estão na última etapa de tramitação no Congresso.

Iara Lemos Do G1, em Brasília
 
O Congresso Nacional retomará os trabalhos legislativos em fevereiro com 20 medidas provisórias pendentes de apreciação, segundo dados da Mesa do Congresso (veja ao final deste texto a lista das 20 MPs em tramitação).
Das 20 medidas, quatro estão na última etapa de tramitação – duas dependem somente de votação pelo plenário da Câmara e outras duas, pelo plenário do Senado.
Sete MPs ainda precisam ter instaladas as comissões especiais que vão analisá-las previamente antes da votação pelos plenários das duas casas. Outras sete aguardam análise de comissão especial e duas dependem de apreciação da Comissão Mista de Orçamento.
As medidas provisórias transformaram o Congresso em um almoxarifado do Executivo.  As medidas provisórias mostram o autoritarismo do governo e a preguiça de legislar"
Alvaro Dias (PR), líder do PSDB no Senado
As medidas provisórias são de iniciativa do Executivo e destinadas a casos de urgência e relevância. Por isso, entram em vigor imediatamente após a publicação no "Diário Oficial da União". Depois, o Congresso tem de discutir e votar a MP em até 60 dias, prorrogáveis por mais 60. Se não houver votação nesse prazo, a MP perde a validade.

Desde março do ano passado, por determinação do Supremo Tribunal Federal, as medidas provisórias têm de passar pela análise de uma comissão mista (deputados e senadores) antes de ir à votação em plenário, conforme determina a Constituição. Até então, a regra não vinha sendo cumprida pelo Congresso.
As medidas provisórias não votadas até 45 dias depois da publicação "trancam" a pauta do plenário, isto é, nenhuma outra proposta pode ser votada antes da MP.
Royalties
Entre as medidas encaminhadas pela presidente Dilma Rousseff em 2012 que ainda não foram votadas, está a 592/12, que destina ao setor da educação 100% dos royalties recolhidos em futuros contratos de produção de petróleo sob o regime de concessão.
A instalação das comissões especiais retarda a apreciação das matérias. Se tivermos uma regra mais clara para as medidas, não teríamos tantas medidas na fila esperando análise."
Walter Pinheiro (BA), líder do PT no Senado
A medida precisa ser votada até o dia 10 de março deste ano, sob pena de perder a validade. Ao todo, 89 emendas já foram apresentadas ao texto. A medida foi anunciada no dia 30 de novembro, junto com o teor dos vetos da presidente Dilma Rousseff à lei aprovada pelo Congresso que alterou a distribuição das receitas arrecadadas com a exploração do petróleo.
A presidente vetou trecho da lei que reduzia a parcela de royalties a que têm direito os estados produtores de petróleo dos contratos atualmente em vigor. A decisão contrariou as bancadas dos estados não produtores, que tentaram impedir na Justiça a votação dos vetos. Diante do impasse, a votação dos vetos foi adiada para este ano.
Outra medida provisória que aguarda apreciação é a 582/12, que amplia o número de setores que podem ser beneficiados pela desoneração da folha de pagamento. A medida, que teve sua validade prorrogada e precisa ser apreciada até 28 de fevereiro. Caso contrário, perderá a validade. Ao todo, já foram apresentadas 155 emendas ao projeto.
Oposição critica
As medidas provisórias são objeto de crítica da oposição, que reclama da quantidade de MPs e das mudanças feitas nos textos durante a tramitação.
"As medidas provisórias transformaram o Congresso em um almoxarifado do Executivo.  As medidas provisórias mostram o autoritarismo do governo e a preguiça de legislar", disse o líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR).
Líder do PT no Senado, Walter Pinheiro (BA), argumenta que o acúmulo de medidas é motivada pelo fato de o Congresso ainda não ter criado uma nova forma de análise das MPs.
Em agosto de 2011, o Senado aprovou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC), de autoria do presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP), que muda as regras de tramitação. A proposta, contudo, ainda não foi apreciada pelo plenário da Câmara dos Deputados.
"A instalação das comissões especiais retarda a apreciação das matérias. Se tivermos uma regra mais clara para as medidas, não teríamos tantas medidas na fila esperando análise", disse o senador.
O principal ponto da PEC é o que altera a divisão do prazo de tramitação das medidas provisórias no Senado e na Câmara. Pela nova regra, do prazo máximo de 120 dias de tramitação previsto na Constituição, 80 serão na Câmara e 30 no Senado. Os dez dias restantes serão usados pela Câmara para a análise de emendas que vierem a ser apresentadas no Senado.
A PEC também veta a inclusão no texto da medida provisória, durante a tramitação no Congresso, de matérias sem relação com o objeto principal da MP.
A proposta determina ainda que é papel das comissões de Constituição e Justiça de cada Casa avaliar se uma determinada medida provisória é mesmo relevante e urgente para "furar" a fila de votações.
Veja no quadro abaixo as 20 medidas provisórias à espera de votação pelo Congresso.
AS MEDIDAS PROVISÓRIAS EM TRAMITAÇÃO NO CONGRESSO
Medida provisóriaTramitação
574/12 - Dispõe sobre a prorrogação da vigência da redução a zero das alíquotas da Contribuição para o PIS/Pasep e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins).Aguarda aprovação do Senado.
581/12 - Dispõe sobre o Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste; autoriza a União a conceder subvenção econômica às instituições financeiras oficiais federais.Aguarda aprovação da Câmara.
585/12 - Dispõe sobre a prestação de auxílio financeiro pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios no exercício de 2012, com o objetivo de fomentar as exportações do país.Aguarda aprovação do Senado.
586/12 - Dispõe sobre o apoio técnico e financeiro da União aos entes federados no âmbito do Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade CertaPrecisa de aprovação na Comissão Mista, antes de ir à Câmara e depois ao Senado.
587/12 - Autoriza para a safra 2011/2012 o pagamento de valor adicional ao Benefício Garantia-Safra e amplia para o ano de 2012 o Auxílio Emergencial Financeiro.Precisa de aprovação na Comissão Mista, antes de ir à Câmara e depois ao Senado.
588/12 - Abre crédito extraordinário no valor de R$ 1.683.716.400,00Aguarda aprovação da Câmara.
589/12 - Dispõe sobre o parcelamento de débitos junto à Fazenda Nacional relativos às contribuições previdenciárias de responsabilidade dos Estados, do Distrito Federal e dos MunicípiosPrecisa de aprovação na Comissão Mista, antes de ir à Câmara e depois ao Senado.
590/12 - Dispõe sobre as concessões de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, sobre a redução dos encargos setoriais, e sobre a modicidade tarifária. A medida também amplia os beneficiários do programa Brasil Carinhoso e inclui crianças e adolescentes com idade entre 7 e 15 anosAguarda instalação de comissão mista.
591/12 - Dispõe sobre as concessões de geração, transmissão e distribuição de energia elétrica, sobre a redução dos encargos setoriais, e sobre a modicidade tarifáriaAguarda instalação de comissão mista.
592/12 -  Dispõe sobre novas regras de distribuição entre os entes da Federação dos royalties. Destina 100% dos recursos dos royalties para educação.Aguarda instalação de comissão mista.
593/12 - Dispõe sobre o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego - Pronatec para ampliar o rol de beneficiários e ofertantes da Bolsa-Formação EstudanteAguarda instalação de comissão mista.
594/12 - Dispõe sobre a autorização para concessão de subvenção econômica em operações de financiamento destinadas a aquisição e produção de bens de capital e  inovação tecnológica.Aguarda instalação de comissão mista.
595/12 - Dispõe sobre a exploração direta e indireta, pela União, de portos e instalações portuárias e sobre as atividades desempenhadas pelos operadores portuários.Aguarda instalação de comissão mista.
596/12 - Abre crédito extraordinário em favor dos Ministérios do Desenvolvimento Agrário e da Integração NacionalAguarda instalação de comissão mista.
597/12 - Isenta do Imposto de Renda trabalhadores que recebem até R$ 6 mil de participação dos lucrosAguarda análise da comissão mista.
598/12 - Abre crédito extraordinário em favor de diversos órgãos e empresas estatais.Aguarda análise da Comissão Mista de Orçamento.
599/12 - Dispõe sobre a prestação de auxílio financeiro pela União aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios para compensar perdas de arrecadação decorrentes da redução das alíquotas relativas ao ICMSPrecisa de aprovação na Comissão Mista, antes de ir à Câmara e depois ao Senado.
600/12 - Dispõe sobre o Fundo de Desenvolvimento do Centro-Oeste (FDCO)Precisa de aprovação na Comissão Mista, antes de ir à Câmara e depois ao Senado.
601/12 - Dispõe sobre a desoneração da folha de pagamentos dos setores da construção civil e varejistaPrecisa de aprovação na Comissão Mista, antes de ir à Câmara e depois ao Senado.
602/12 - Autoriza a prorrogação de contratos por tempo determinado no âmbito do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam) e do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).Precisa de aprovação na Comissão Mista, antes de ir à Câmara e depois ao Senado.
Fonte: Mesa Diretora do Senado
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Dilma sanciona lei que permite redução na conta de energia elétrica

Edição do dia 14/01/2013
14/01/2013 13h34 - Atualizado em 14/01/2013 14h04

Conta de luz ficará mais barata a partir de fevereiro.
Redução para o consumidor doméstico é de até 16,2%.

Viviane Basile Brasília, DF
 
 
A conta de luz ficará mais barata a partir de fevereiro. A redução para o consumidor doméstico é de até 16,2%. A presidente Dilma Rousseff sancionou nesta segunda-feira (14) a lei que vai permitir essa redução.
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A redução só foi possível porque o governo eliminou três encargos da conta e, além disso, renegociou os contratos com as concessionárias que administram as hidrelétricas, termolétricas, empresas de transmissão e distribuição de energia.
As concessões vão ser prorrogadas por até 30 anos. Em compensação, essas empresas aceitaram receber menos pelos serviços prestados. Para a indústria, a redução pode chegar a 28% de desconto.