sábado, 5 de janeiro de 2013

Obama diz que EUA não podem arcar com mais impasses sobre déficit

sábado, 5 de janeiro de 2013 13:16 BRST
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Por Jeff Mason
HONOLULU, 5 Jan (Reuters) - Recém-saído da longa batalha legislativa para evitar um "abismo fiscal" de aumento de impostos e cortes nos gastos, o presidente dos EUA, Barack Obama, alertou neste sábado que o país pode não aguentar mais impasses orçamentários neste ano ou no futuro.
Obama, que voltou ao Havaí para passar férias com a família pouco depois que a Câmara dos Deputados aprovou o acordo, na terça-feira, para evitar o abismo, disse em seu discurso semanal de rádio e na internet que a nova lei é apenas um passo adiante em direção à correção dos problemas fiscais e econômicos do país.
"Ainda precisamos fazer mais para levar os americanos de volta ao trabalho, ao mesmo tempo em que também colocamos este país no caminho certo para o pagamento de suas dividas, e a nossa economia não pode arcar com mais impasses prolongados ou crises fabricadas ao longo do caminho," disse ele no discurso transmitido neste sábado.
"Porque embora nossos negócios tenham criado 2 milhões de novos empregos no ano passado --incluindo 168 mil novos empregos no mês passado-- a confusa atitude temerária no Congresso fez com que os donos de negócios ficassem mais indecisos e os consumidores menos confiantes."
Dados do governo divulgados na sexta-feira mostraram que a taxa de desemprego nos EUA permaneceu em 7,8 por cento em dezembro.
Parlamentares do Senado e da Câmara aprovaram essa semana a lei que aumenta os impostos dos norte-americanos mais ricos, ao mesmo tempo que torna permanente os cortes de impostos da era Bush para a classe média.
Foi uma vitória para Obama, que baseou a sua campanha para a reeleição, em grande parte, na promessa de atingir este objetivo.
Os republicanos, no entanto, indicaram que estão prontos para mais uma batalha sobre o teto da dívida dos EUA. O deputado Dave Camp, ao fazer o discurso semanal do seu partido, advertiu, pelo menos indiretamente, que eles esperam cortes nos gastos em troca do aumento do teto de novo.   Continuação...